domingo, 31 de maio de 2009

Última vez que te dedico um post. Última.

"Penso, com mágoa, que o relacionamento da gente sempre foi um tanto unilateral, sei lá, não quero ser injusta nem nada - apenas me feriram muito esses teus silêncios."
(Caio F.)

Estamos perdidos

Sempre achei que eu fosse imatura. Que não soubesse lidar com a vida, que não estava pronta para enfrentá-la. Realmente, isso é um pouco de verdade.
Mas comecei a reparar nas pessoas da minha idade, os de meu convívio, e percebi que a maioria deles não está pronta.
Acho que todos somos uma geração meio perdida.
Nossos pais lutaram com as caras pintadas, nossos avós enfrentaram a ditadura, nossos vizinhos foram para a guerra. E nós? Nós temos tudo pronto, tudo na mão, tudo simples e fácil.
Não temos que lutar por nada, não temos músicas de união e revolução, não temos censura descarada, não precisamos nos esforçar para conseguir as coisas.
Acho que é por isso que somos uma geração tão perdida. Tão sem sonhos, sem ideiais, que não sabe o que quer, de onde vem nem para onde vai.
Tudo é muito fácil, não precisamos reinvidicar nada.
Somos um bando de perdidos...
Nós sim somos a geração coca cola...

Não dá pra se livrar de você mesmo...

O melhor encontro que se pode ter é com você mesmo.
Às vezes, precisamos parar um pouco e olhar para dentro. Fecho os olhos e enxergo meu interior. Respiro fundo, sei que a pessoa que mais amo sou eu mesma. Entendo que eu sempre estarei do meu lado, não importa o que aconteça e que eu sempre vou estar aqui para mim mesma, eu sempre vou poder contar comigo.
Passar um tempo consigo é o melhor presente que podemos dar ao nosso amor próprio.
Se abrace. Se olhe no espelho. Sorria.
Sinta que você está do seu lado e que você é, acima de tudo, sua melhor companhia.
Porque, se você não consegue conviver com você mesmo, com a pessoa que está 24h ao seu lado, não importa o que aconteça, você tem sérios problemas, colega...

sábado, 30 de maio de 2009

Me descabela

Disritmia
Martinho da Vila

Eu quero
Me esconder debaixo
Dessa sua saia
Pra fugir do mundo
Pretendo
Também me embrenhar
No emaranhado
Desses seus cabelos
Preciso transfundir
Seu sangue
Pro meu coração
Que é tão vagabundo...

Me deixa
Te trazer num dengo
Pra num cafuné
Fazer os meus apelos...(2x)

Eu quero
Ser exorcizado
Pela água benta
Desse olhar infindo
Que bom
É ser fotografado
Mas pelas retinas
Desses olhos lindos
Me deixe hipnotizado
Pra acabar de vez
Com essa disritmia...

Vem logo
Vem curar seu nego
Que chegou de porre
Lá da boemia...(2x)

Eu quero
Ser exorcizado
Pela água benta
Desse olhar infindo
Que bom
É ser fotografado
Mas pelas retinas
Desses olhos lindos
Me deixe hipnotizado
Pra acabar de vez
Com essa disritmia...

Vem logo
Vem curar seu nego
Que chegou de porre
Lá da boemia...(6x)

sexta-feira, 29 de maio de 2009

Faça a felicidade correr o mundo


A felicidade está nas mínimas coisas.
Sorria, cante, reze, dance. Permita que a sua felicidade se irradie pelo maior número de quilômetros e pessoas possíveis. Contagie quantos você puder, toque, abrace, ame.
Faça a felicidade crescer, andar, circular, rodar o mundo.
Assim, quando você estiver triste e tudo parecer sem sentido, quando você não tiver mais esperança, quando você menos esperar, de um jeito ou de outro, ela volta pra você.

Se você fizer com que ela rode o mundo, ela vai te encontrar de novo. Tenho certeza.

(Recomendo esse vídeo que o blog não quis me deixar postar.)

quinta-feira, 28 de maio de 2009

Pequena prece sobre boas ideias

Senhor, eu peço de todo o meu coração: a próxima vez que for me dar uma boa ideia, faça-a chegar de manhã. As que vêm de noite me dão insônia...
Amém.

quarta-feira, 27 de maio de 2009

Bom dia!


"Caminhando e cantando e seguindo a canção...
Yeah yeah yeeeeeeeeah!"
Bom dia!
Vamos começando o dia com muito ânimo!
(Sabe-se lá de onde você vai tirar esse ânimo, porque eu, pelo menos, estou quase dormindo em cima do teclado).
Vamos nos animar e colorir a vida com muita força de vontade!
E blábláblá.
Aqui está chovendo.
Ótimo dia a todos!

(isso aqui já está quase um twitter)

terça-feira, 26 de maio de 2009

Como assim?

Gente, estou impressionada com o fato de que eu estava realmente tendo comentários nesses posts. Ontem parei uns minutinhos para reler os últimos 10, os que ficam na página inicial. Acho que tenho que agradecer a paciência dos que me aturaram essa semana, eim?
Nossa, por favor!
Só sei falar de 'eu quero você', 'você não me quer', 'olha pra mim'. Laiá!
Que bom que eu fiz isso. Reparei o tanto que minha vida está girando em torno de uma decisão por não ficar mais com o indivíduo. E as leituras de vocês também. Affe.
Que depressão!
Já está na hora de seguir em frente. Aliás, já passou da hora.
Chega de depressão, coração em pedaços e tudo mais. Credo.
Enquanto eu permitir que isso me afete, não vou me livrar dessa dor nunca. Chega.
Já está na hora de retomar minha vida.
Sai pra lá, depressão!

segunda-feira, 25 de maio de 2009

Começando com o pé direito


"Lá fora ninguém vai te querer como eu te quero.
Eu tenho verdadeira paixão,
Ah, como eu te quero!
"

Vamos começar o dia com um sorriso no rosto.
Vamos começar o dia esperando que seja o melhor possível.
A felicidade vem de dentro da gente.
Quando pensamos só nas coisas ruins, é só isso que vamos atrair.
Vamos começar o dia de bom humor, com o pensamento positivo, esperando que a felicidade nos acompanhe.
Vamos fazer o possível pra sermos felizes hoje.
Custe o que custar...

"A fila andou, eu te falei.
Não deu valor, como eu te amei.
Agora chora,
Já me perdeu, boa sorte, vá embora.
A fila andou, eu te falei.
Não deu valor, como eu te amei.
Agora chora,
Você já me perdeu, tô fora."

É tão mais fácil na teoria...


"Se você perdeu o seu amor e está magoada,
Por coincidência, eu também gostei da pessoa errada.
De repente, no final da noite, a gente acha o caminho.
Estamos mesmo sozinhos, estamos mesmo sozinhos."

Eu só queria que existisse uma mágica que fizesse a gente esquecer o cara errado.
E que toda vez que tocasse aquela música eu não lembrasse dele. E que olhar pra ele não doesse. E que eu não pensasse nele a cada dois segundos do meu dia. E que todos os meus sorrisos não fossem pra ele. E que eu não esperasse ansiosamente todo dia a hora de encontrar com ele de novo.
Todo mundo passa por isso.
Todo mundo já teve o coração quebrado.
Todo mundo já sofreu por amor.
É fácil dizer pra mim mesma que o dia de fossa já passou, que a fila andou.
Colocar tudo em prática é tão mais difícil, não?
E dói.
Eu sei que vai passar. Eu sei que vai parar de doer, eventualmente. Eu sei que vou parar de pensar em você. Eu sei que vou parar de te querer. Eu sei que vou gostar de outro cara. Eu sei que vou me apaixonar de novo. Eu sei de tudo isso.
Mas ainda dói.
E não é pouco.

sexta-feira, 22 de maio de 2009

Um dia de fossa

Pra mim, todo mundo tem direito a um dia de fossa.
Mas a UM só.
O meu foi ontem.
Ouvi música triste, matei aula, comi chocolate, chorei.
Agora passou.
Já coloquei pra fora o que me doía, agora é hora de pôr as coisas nos seus devidos lugares, a vida nos trilhos. Eu me permiti um dia de parada, um dia de descanso, um dia de sofrimento.
Agora é hora de seguir em frente, esquecer o passado, parar de sonhar com o que não foi, sacudir a poeira, recuperar o amor-próprio, pegar a dignidade do chão, aprumar os ombros, erguer a cabeça, respirar fundo, colar o coração e recomeçar a caminhada.
Não tem jeito, tem dias que a dor pesa mesmo e a gente precisa parar e chorar um pouquinho, enfrentar o luto, deprimir e tomar sorvete direto do pote.
Mas a gente não pode se permitir afundar nessa tristeza.
A minha, já deixei pra trás.
Eu vejo ainda uma sombra dela que insiste em caminhar do meu lado, em me seguir.
Mas ela fica cada vez mais pra trás.
Já chorei o suficiente pelo que não foi. O que me permito chorar em situações assim. Esgotei as lágrimas para ele já.
Agora, só me resta aquele sorriso de lábios cerrados, com aquele olhar meio triste, meio conformado. Mas, ainda assim, um sorriso.
Minha alma está leve. Enfrentei meu luto. Assumi o que sinto.
Agora, é hora de deixar tudo isso para trás e tentar de novo. Ser feliz.
Foi como um ritual.
Só ficou uma imensa paz de ter, enfim, assumido toda a tristeza que me consumia. O que me sobrou foi essa paz, esse silêncio, essa consciência de que as coisas caminham, enfim, para um final.
E feliz.

quarta-feira, 20 de maio de 2009

Fingir que não vi não funcionou. Doeu mais quando eu realmente olhei.


"I'm lying here on the floor where you left me
I think I took too much
I'm crying here what have you done?
I thought it would be fun"
(Just Like a Pill)

Por que a gente se engana tantas vezes?
É bem pior quando abrimos os olhos.
Por que abri os olhos?
Não doía quando eu fingia que não sabia de nada.
Não doía quando eu não falava em paixão.
Não doía quando eu não tocava esse sentimento.

Eu era mais feliz de olhos fechados.

Ouvindo Here with me - Dido. Música de fossa. (pelo direito a um dia de fossa. mas só a UM dia)

Tem dias...

Tem dias que tudo dói, não é?
(E não estou falando daquele dia depois de ontem, quando você se acabou na academia).
Estou falando de dias em que a gente sente tudo mais intenso. Daqueles dias em que dói aqui dentro porque você não tem ninguém. Dói aqui dentro, porque aquele alguém que você quer tanto, não te quer.
Não é sempre que é assim. São dias que vêm e vão. São poucos dias.
Mas, quando eles vêm, acabam com a gente. Qualquer restinho de amor-próprio se acaba em cima do teclado.
É, tem dias que estar apaixonado é mesmo uma agonia. Uma agonia filha-da-puta que destrói a gente por dentro.
Tem dias que a saudade mata.
Saudade do que não foi.

Tem dias que te ver é tão difícil!
Tem dias que saber que você não se importa dói tanto!
Tem dias que manter a minha escolha de ficar longe é quase impossível.
Eu tento lembrar porque.
Eu tento.
E é só o que eu faço.
Estou completamente destruída por dentro hoje.
Mas é só hoje, vai passar.
Amanhã, volto com força e vontade. Amanhã, ergo a cabeça, dou a volta por cima, não te vejo.
Mas hoje...
Hoje...
Ah, hoje!

segunda-feira, 18 de maio de 2009

Nem te olhei

Hoje eu te vi.
Tudo ainda está muito forte e latente dentro de mim.
Mas cansei de você e das suas mentiras.
Virei-me e fingi que você não estava me olhando. Me senti um trapo.
Mas agora me sinto bem.

É, me sinto mesmo bem.

Nada de irritações


Às vezes eu me irrito.
Às vezes eu me irrito com a capacidade das pessoas em serem sem noção. Tipo aquela conhecida que se oferece pra ir nos lugares com você e a sua turma. Ou aquela outra que entra no meio da coversa alheia sem nem ter sido chamada. Ou aquele cara que você estava ficando quando descobriu que era um completo idiota.
Às vezes eu me irrito profundamente.
Mas, quer saber?
Não vou mais me irritar.
Não por eles.
Mas por mim.
Não vou mais me irritar com gente sem noção (pelo menos, vou tentar).
Não vou mais me indignar profundamente com situações ultrajantes.
Não pelos outros.
Mas por mim.
Porque me faz mal ficar irritada. É como tomar veneno esperando que o outro morra.
Não, não vou mais me irritar porque eu me amo e não estou a fim de sentir sentimentos negativos.
A raiva faz mal só pra gente mesmo.
É, daqui pra frente, vai ser só paz e luz.

Na medida do possível...

domingo, 17 de maio de 2009

Retomando o controle da minha vida

Hoje li uma frase e ela me acertou em cheio: "Respeite aquilo que você já viveu, mas deixe que o passado se vá, para que o presente aconteça e possa preparar o caminho para o futuro."
É exatamente essa fase que estou vivendo.
Respeito o que vivi. Não me arrependo das coisas que fiz. Tudo que fiz foi o que me trouxe até aqui, até quem sou hoje.
Claro, poderia ter sido melhor. Mas poderia ter sido pior também.
Acredito que, de um jeito ou de outro, as coisas terminaram da melhor maneira possível. E quem eu sou hoje é uma das melhores pessoas que poderia ter me tornado.
Se algumas coisas boas ainda não aconteceram e algumas mudanças ainda esperam, é porque eu não estava pronta para aceitá-las completamente.
Acredito no poder de um Ser Superior (chame de Deus, se quiser) que me ajuda e me guia. E acredito que Ele está do meu lado sempre, guiando meus passos, me livrando de muitos erros.
Não renego o que vivi. Alguns episódios realmente gostaria de esquecer, mas não renego o que vivi. E me preparo para o 'daqui para frente'.
Estou vivendo o presente e pensando no futuro.
Não vivo de passado.
Deixei que o passado se vá. E isso inclui amores mal vividos, amizades falsas, escolhas erradas. Vivo as consequências do meu passado e não meu passado em si.
Vivo com a cabeça erguida, olhando em frente, sem esquecer o que passou.

Não quero mais.

sábado, 16 de maio de 2009

Não gosto de dois pesos e duas medidas (ou sobre um adeus)

Soube que você contou os segredos que te cochichei.
Soube que você espalhou os detalhes do que te falei.
Soube que você riu das coisas que fiz.
Soube que você achou que era melhor que eu.

Eu gardei os segredos que você me cochichou.
Eu guardei os detalhes do que você me falou.
Eu não ri das coisas que você fez.
E você não é melhor que eu.
...
Quer saber?
Agora mudei. A certeza de que não quero alguém assim me invadiu.
Agora quem vai saber é você.
Você vai saber que eu sou forte e que consigo te esquecer.
Você vai saber do que é que eu sou feita.

sexta-feira, 15 de maio de 2009

Me dá um sorriso?

Não me dê a mão. Me dê um sorriso.
Só o que eu quero é um sorriso seu só pra mim. Um sorriso seu dedicado inteiramente a mim.
Tudo bem que você não seja meu.
Não tem problema. Só me dedique, pelo menos uma vez, um sorriso seu.

Porque todos os meus sorrisos são seus.

quinta-feira, 14 de maio de 2009

Sim, foi especial

Para quem perguntou, sim meu dia foi mesmo ótimo.
Não aconteceu nada de especial.
Não ganhei um Pulitzer, não fui nomeada embaixadora da ONU, não salvei milhares de pessoas de um acidente, não tive um filho.
Mas o dia foi especial. Foi ótimo porque eu me permiti ser feliz com as pequenas coisas.
Não entrei em depressão quando vi aquele-que-não-deve-ser-nomeado e ele nem me deu moral.
Meu dia não acabou por causa de uma fechada no trânsito.
Sorri quando me criticaram.
Afinal, a felicidade depende mesmo é da gente.


É, foi mesmo um dia especial.

O dia

"Pro dia nascer feliz"
Hoje acordei com a ligeira sensação de que vou ser feliz.
Abri os olhos e a chuva tamborilava no telhado (três andares para cima, mas ainda assim, dava pra ouvir). Não que isso seja garantia de felicidade, mas acordar e já ter consciência da vida que nos cerca é animador.
É, acordei com a sensação de que vai ser um lindo dia.

Vamos sorrir para nossos espelhos interiores


Defeito. Defeito é uma coisa engraçada, porque sempre vemos mais do que realmente temos. Ou do que os outros veem. Tem gente que passa a vida toda preocupada, tentando esconder tudo o que acha errado na própria personalidade, achando que ninguém vai querer ser seu amigo se souber que é uma pessoa imperfeita (conhece alguém assim?). Temos mesmo é que nos aceitar como somos. Cabelo. Cabelo de mulher é uma coisa engraçada. Quem tem liso, quer enrolar. Quem tem enrolado, quer alisar. No final das contas, sempre achamos que a grama do vizinho é mais verde mesmo... O que não sabemos, não nos damos conta ou fingimos não enxergar, é que o vizinho acha que a nossa grama é mais verde que a dele. Engraçado isso... Estamos sempre querendo ter o que é do outro. Triste. Temos é que nos aceitar como somos, com o que temos, com onde estamos. Por que ficar desejando sempre o que não é nosso? Não falo de conformismo, afinal, para melhorar, todos temos que sonhar com uma vida melhor. Falo de desejar o que é do outro sem dar valor ao que temos de especial. Temos que valorizar o que temos e o que somos. Não é porque o vizinho tem um carro melhor, que o seu é ruim. Tudo bem você querer comprar um carro mais potente, mas por que não agradecer pelo carro que você tem? Tem muita gente aí andando de metrô... E porque reclamar das pernas meio gordinhas, meio flácidas? Tem gente por aí que nem pode andar, sabia? Não é porque alguém tem algo melhor que você deve desvalorizar o que tem. Eu tenho pernas com celulites e agradeço a Deus todos os dias por tê-las (as pernas, não as celulites). Vamos nos amar mais. Vamos olhar para o espelho e sorrir para a pessoa que vemos lá, porque, assim, ela nos sorri de volta (aprendi essa aqui e amei). Você já tinha pensado nisso? O que damos ao mundo é o que ele nos devolve. É como viver olhando para a pessoa no espelho. Se chorarmos, ela chora, se ficarmos com raiva, ela também fica. Mas, se sorrirmos, ela nos sorri de volta.
E tem coisa mais gostosa do que receber um sorriso?

Gente que vive triste

Tem gente que vive triste. Já deixei de ler blogs tristes demais. Sempre depressivos, com lágrimas quase reais. (talvez alguém deixe de me ler porque estou sempre em ebulição) Fiquei refletindo sobre isso e eu vivo feliz. Tenho meus momentos de melancolia, de tristeza, de sofrimento, claro. Afinal, somos todos humanos. Mas vivo bem a maior parte do tempo. Se não sorrindo, pelo menos, feliz. Rindo com as amigas em uma tarde ensolarada, dançando enlouquecidamente em uma pista de dança (qualquer música, gosto mesmo é de dançar), vendo um filme no cinema, mesmo que sozinha, aprendendo algo novo, conversando com as pessoas. Vivo feliz a maior parte da minha vida. Não foi sempre assim, tive momentos de tristeza profunda. Mas tentei aprender a deixar isso para trás e a rir mais do que chorar. Tem funcionado bem até agora...

quarta-feira, 13 de maio de 2009

Eu me extrapolo

É essa minha sinceridade absoluta que me traga. Essa mania de não guardar nem receita de bolo sem compartilhar com alguém antes. Essa insistência em adoçar a vida alheia com docinhos que eu mesma fiz. É essa inconstância, essa leveza e todo esse peso que me faz quem sou. É essa dualidade, esse embate constante comigo mesma, essa visceralidade, essa explosão de sentimentos táteis. Eu sou essa erupção, esse martírio, essa constante explosão de cores e formas. Eu sou esse vulcão de emoções à flor da pele. Sou aquela que você não pode tocar sem pedir permissão. Sou aquela que vai manter distância, aquela que vai sorrir menos do que o necessário mas que vai abarcar o mundo com risadas de dobrar a barriga. Sou aquela que para e olha o nada. Sou aquela que nunca escuta o que você diz, que não presta atenção ao que falam nem no rosto das pessoas. Sou aquela que vai passar por você sem saber que te conhece. Sou a que vai explodir você em pedacinhos pelos seus erros mas vou me martirizar muito mais pelos meus. Morro de amores e vivo de fantasias e ilusões. Sou quem vai gritar com você porque você pisou na bola. E sou quem vai, depois, te abraçar de sorrisos e sonhos.

Rifa-se um coração

"Rifa-se um coração
Rifa-se um coração quase novo.
Um coração idealista.
Um coração como poucos.
Um coração à moda antiga.
Um coração moleque que insiste
Em pregar peças no seu usuário.
Rifa-se um coração que na realidade está um
Pouco usado, meio calejado, muito machucado
E que teima em alimentar sonhos e, cultivar ilusões.
Um pouco inconsequente que nunca desiste
De acreditar nas pessoas.
Um leviano e precipitado coração
Que acha que Tim Maia
Estava certo quando escreveu...
"...não quero dinheiro, eu quero amor sincero,
é isso que eu espero...".
Um idealista... Um verdadeiro sonhador...
Rifa-se um coração que nunca aprende.
Que não endurece, e mantém sempre viva a
Esperança de ser feliz, sendo simples e natural.
Um coração insensato que comanda o racional
Sendo louco o suficiente para se apaixonar.
Um furioso suicida que vive procurando
Relações e emoções verdadeiras.
Rifa-se um coração que insiste em cometer
Sempre os mesmos erros.
Esse coração que erra, briga, se expõe.
Perde o juízo por completo em nome
De causas e paixões.
Sai do sério e, às vezes revê suas posições
Arrependido de palavras e gestos.
Este coração tantas vezes incompreendido.
Tantas vezes provocado.
Tantas vezes impulsivo.
Rifa-se este desequilibrado emocional
Que abre sorrisos tão largos que quase dá
Pra engolir as orelhas, mas que
Também arranca lágrimas
E faz murchar o rosto. (...)"

Clarice Lispector, claro.

Chega de contenções

"Olhe, tenho uma alma muito prolixa e uso poucas palavras.
Sou irritável e firo facilmente.
Também sou muito calmo e perdôo logo.
Não esqueço nunca.
Mas há poucas coisas de que eu me lembre."
Clarice Lispector


Me irritam as pessoas mais ou menos. Com uma personalidade mais ou menos e uma vida mais ou menos. Me cansam os que não sabem viver. Apenas sobrevivem. Não quero ser uma pessoa mais ou menos. Apesar de achar que devo estar sendo... A sociedade nos faz mais ou menos. Cobra-nos que sejamos inteiros, mas nos faz mais ou menos. Mais ou menos pais, mais ou menos filhos, mais ou menos empregados, mais ou menos pessoas. Não quero mais essa vida mais ou menos. Quero uma vida de verdade, com pessoas de verdade, sentimentos de verdade. Chega de conter os bons impulsos que sinto. Chega de segurar as lágrimas para não chorar em público. Chega de segurar o riso, de segurar o canto, de segurar. Chega de me conter. Estou cansada de ser um ambiente controlado, cheio de cancelas e proibido estacionar. Eu quero poder gritar ao mundo tudo o que sinto. Toda essa ebulição dentro de mim. Eu não quero conter minha vida. Quero vivê-la! Eu sou isso, esse arrebatamento, essa ressaca em fim de tarde, esse mar que invade a praia, esse sol de meio-dia. Eu sou essa ebulição de sentimentos à flor da pele, essa imensidão de palavras, esse aglomerado de ideias. Eu sou inteira e um pouco mais. Eu sou. Eu quero. Chega de conter o que sinto. Não quero ser recalcada e adulta, quero gritar aos quatro ventos meus sentimentos de menina. Não quero acalmar minha vida, quero que o mundo se agite de inquietação. Não quero mais conter minha agitação. Chega de fingir. Chega de mentir. Não quero me acalmar, aquietar o que existe dentro de mim. Não quero! Não me peça para ser menos do que sou. Não me peça para conter minha personalidade. Eu sou assim a qualquer preço. Eu sou assim, mesmo que isso não seja usual, mesmo que seja incomum, mesmo que a sociedade me cobre calma, me cobre paciência. Eu sou essa ebulição de inquietudes. Esse borbulhamento de agitações fora de hora. Não tente me entender. E, acima de tudo, não tente me conter.

Sinceridade

"Eu vou equalizar você
Numa frequência que só a gente sabe"


Não quero pessoas de mentira. Quero pessoas que sintam, que saibam, que sangrem. Pessoas de verdade. Não quero fingimento. Não me venha com hipocrisia. Não sou do tipo que gosta de mentir. Não minta pra mim. Não gosto de falsidades e a hipocrisia me irrita. Gosto de pessoas de verdade, que assumem o que pensam e não têm medo de falar. Se você não quer sinceridade, então não me pergunte. Eu não gosto de mentir. É traição ao que somos de verdade. Eu gosto da musicalidade que a verdade tem. Gosto da sensação libertadora que só a sinceridade pode proporcionar. Não minta pra mim. Não gosto de ser enganada. A sociedade me enoja com todo esse tratamento fingido, todos esses sorrisos falsos, todas essas máscaras. Não uso máscaras. Sou quem sou o tempo todo. Sou verdadeira, sou sincera, sou honesta. Não gosto de fingir algo que não sou. Não gosto de ter que vestir máscaras para ir às ruas, mentir sobre minha essência. Sou sincera em essência. E, se isso te desagrada, talvez seja porque você mesmo não é sincero com o que sente.
Afinal, sejamos sinceros: você é sincero?

terça-feira, 12 de maio de 2009

Não me olhe, por favor

Não adianta.
Mesmo que eu queira me livrar do seu sorriso - coisa que já nem sei mais se quero - não consigo. Você entrou profundamente em meus pensamentos. A minha vontade é te xingar e te mandar para bem longe. Longe da minha vista, longe dos meus pensamentos e longe, muito longe, do meu alcance. Inferno! Por que é que você tem que ser assim tão perfeitamente errado pra mim? Por que você tem que se encaixar tão ridiculamente bem na minha alma? Por que você não me deixa em paz?
Eu sei que sou apenas mais uma. Mas por que? Diabos, por que você tem que ser tão encantadoramente sedutor?
Não me venha com esse seu sorriso perfeito. Não pisque para mim! Não quero sentir seu perfume nem provar seu mel. Vá embora de uma vez e me deixe aqui sozinha.
Você não percebe que estou te ignorando de propósito? Você não vê que é puro charme?
Então, por que você ainda não me arrebatou em um corredor escuro? Por que você ainda não me beijou? Se você sabe, se você vê que é de propósito, por que você não me agarra e não me faz esquecer qualquer determinação?
Não, não me olhe. Não sei por quanto tempo consigo resistir.
Você me vê forte? Pensa que resisto? Acha que realmente aguento um relacionamento aberto sem sentir nenhuma consequência? Você realmente acha que estou feliz sabendo que você não é meu?
Isso é só porque você não sabe da paixão velada que carrego no peito.

A distância e as amizades


Para mim, essa de que a distância esfria as amizades faz sentido.
Por mais que eu tenha uma amiga que, sempre que nos encontramos, parece que não mudou nada, tenho muitas e muitas amizades que esfriaram completamente com o tempo e a distância.
Talvez digam: 'mas é porque só essa era uma amizade verdadeira'.
Não, eu respondo, não era só essa. Muitas amizades de verdade, daquelas que não são mais só amizade, já são 'irmandade', se perderam nos acasos da minha vida.
Uma curva aqui, um desvio ali e os caminhos que antes andavam juntos agora são completamente opostos.
Não porque não sobrou amizade. Não é isso. Mas a vida que escolhemos levar não combina mais.
Sempre resta aquela verdade, no fim das contas. Aquele 'eu sempre vou estar aqui pra você'. E eu realmente acredito que estamos aqui uns pelos outros. Na hora do aperto, não importa quanto tempo e quantos quilômetros, muitos desses amigos ainda estarão lá por você.
Mas, no hoje, no agora, nas trivialidades do cotidiano, essas pessoas não são mais quem você chama de amigos.
Provavelmente, sempre lembraremos com aquele carinho dos momentos que já foram. Mas, mais provavelmente ainda, não seremos capazes de ter novos momentos. Não teremos oportunidades.
A vida separa as pessoas aqui, une outras ali...
É bom mudar.
Mas também perdemos muito pelo caminho.
Claro, você vai dizer que 'as oportunidades somos nós que criamos'. Mas todos temos que colocar comida em casa, cumprir horários no trabalho, descansar nos fins de semana.
A vida real é muito mais dura e rotineira do que pensávamos quando crianças e brincávamos de ser gente grande.
A distância e a falta de tempo afastam sim as pessoas. A gente pode lutar, pode ir atrás, mas, de um jeito ou de outro, com o tempo passando, as responsabilidades aumentando e o tempo livre diminuindo, provavelmente vamos perdendo contato com muita gente bacana.
Eu sempre estarei aqui para todos aqueles amigos de quem me afastei. Não importa o tempo nem a distância. Mas sei que compartilhar as bobeiras da vida todos os dias faz a diferença. Sei que MSN não é contato ao vivo e que orkut é frio demais.
Mas vamos indo, caminhando, esperando para ver onde é que essa estrada vai nos levar.
Carrego comigo todas as pessoas que foram importantes, que são importantes, que já cruzaram meu caminho.
Só me resta esperar que, algum dia, nossos caminhos se cruzem novamente. Mesmo que seja rapidinho...

segunda-feira, 11 de maio de 2009

Eu sei que não devia.

Às vezes, eu juro que me convenci que não te quero mais. Tenho certeza que não tenho mais vontade de ficar com você, que tudo já passou. Eu sei que você não me quer como eu te quero. Eu sei que não teve importância para você. Eu sabia disso desde o princípio. Me preparei para esse momento. Sabia que ele chegaria e que eu iria sofrer.
E eu juro a mim mesma que não vou te olhar, que não vou ligar quando você nem fizer questão da minha presença, que vou ser forte, que não vou sentir nada.
Mas aí eu te vejo, sinto seu cheiro, e tudo aquilo volta com força.
Eu sei que não deveria te querer. Mas eu te quero. Como te quero!
Eu sei que isso não adianta nada.
Mas eu estou completa e ridiculamente apaixonada por você.

Eu estive lá



Eu estive lá.
Lá onde todas as coisas começam.
Eu estive lá.
Lá, onde todas as coisas terminam.
Naquela escuridão, em que você não sabe mais onde você termina e onde começa o próximo da fila.
Eu estive onde espaço e tempo se fundiram numa só matéria imaterial.
Eu estive onde não se sabe.
No tempo que não se sente.
Eu estive lá.
E aprendi que nada nessa vida dura.
Ao mesmo tempo em que tudo valhe à pena.
Estive onde nada e tudo são um só.
E tudo pode ser quebrado quando nada mais é importante.

Sobre ser eu mesma

Eu sempre estou pensando e repensando a vida. Talvez porque nunca me senti muito confortável na minha própria pele. Penso e repenso quem sou, tento me reinventar. Não é fácil. Tem sempre aquela atitude para melhorar, aquela fala para atualizar, aquele assunto para evitar.
Estou sempre controlando tudo à minha volta. Eu mesma sou um ambiente controlado. Tudo tem que estar perfeitamente encaixado. Senão, adeus dia bom!
Eu sei que isso é péssimo, mas tem horas que simplesmente não consigo evitar.
Às vezes, eu fecho os olhos e imagino que estou gritando de raiva. Completamente enlouquecida, extravasando tudo o que sinto. Isso faz com que eu me sinta melhor. Não resolve meus problemas, mas eu coloco para fora tudo o que me irrita, me angustia. Tem vezes, que tenho que me controlar, senão grito junto com meu eu imaginário.
Nem sempre é fácil ser a gente, né?
Parece tão mais simples ser os outros...

Começando do começo

Eu começo aqui mais um blog.
Já iniciei milhares deles internet a fora. Mas sempre desisti por um ou outro motivo.
Uma pena, alguns deles até tinham um conteúdo legal.
Aqui vamos nós, então.
A proposta desse blog é falar dos sabores e dissabores dessa vida.
Todos nascemos e morremos. O que nos diferencia é o que fazemos nesse intervalo que chamamos de vida.