sábado, 27 de junho de 2009

Borboletas


Eu cultivo borboletas.
Borboletas no estômago é o que eu tenho.
Elas vêm sempre que a tarde prevê uma emoção, ou sempre que a vida fica mais empolgante.
Eu cultivo borboletas no estômago e elas me visitam, dia ou outro, em forma de lembranças ou de novidades. Elas me animam. Arrastam-me da monotonia e me predizem algum sorriso.
Na verdade, nem sempre elas trazem um sorriso, mas eu prefiro pensar que é o que vão trazer.
Tem vezes que elas estão tão incontroláveis, que chegam a me desconcertar. Fecho a boca e fico com medo que elas escapem e eu me torne, para sempre, a garota que fala borboletas.
Fecho os olhos e respiro bem fundo, peço que se controlem, que não me façam de louca.
Às vezes, elas me escutam. Mas não é sempre não.
Às vezes, elas batem tanto as asas e se esbarram tanto umas nas outras, que chega a doer.
Mas as minhas borboletas me animam o dia e eu não as trocaria por nenhum buraco vazio.
Elas dão aquela sensação inevitável e calorosa, sabe?
Aquela sensação de que estou viva.

terça-feira, 23 de junho de 2009

Vrum!

Estou tão atolada de trabalho e sem tempo, que nem sei mais o que é respirar.


Quanto mais o que é blog.

sexta-feira, 19 de junho de 2009

Pingando e fluindo por aí


Eu ando fluindo por aí.
Nada de estradas retas e asfaltadas, a vida é um imenso fluir. Somos líquidos que se misturam, se separam e, como líquidos que somos, sempre deixamos um pouco em quem tocamos e levamos um pouco desse alguém também. Somos nós mesmos na maior parte, mas temos um pouquinho de cada um que já cruzou nosso caminho.
Vejo o mundo como uma imensa bola fluída, cheia de cores e sabores e (por que não?) amores. Somos todos um pequeno pingo, um minúsculo pingo nisso tudo. Mas somos. E o mundo estaria menos colorido, menos saboroso, sem nós. Somos insignificantes, mas, ao mesmo tempo, tão grandes! O mundo é um mar de gente mesmo.
Sou um pinguinho. Sei disso.
Um pinguinho quase invisível.
Mas sou.
E, como pinguinho que sou, viajo a todo canto de mar que posso e encontro o máximo de pinguinhos que conseguir.
Sou uma gota.
Um pinguinho de gente, quase um nada.
Mas, quase como Fernando Pessoa, tenho em mim todos os cantos do mundo.

quinta-feira, 18 de junho de 2009

Vinho e poesia


Livre, livre, livre.
Sou leve, leve como o vento, como a pluma. Como a pluma ao vento.
Não me atrevo a escrever poesia. Atrevo-me, porém, a fazer poesia.
Faço poesia da vida, da saudade, do sorriso.
A poesia feita pela vida flui leve, flui solta. A poesia no papel não combina comigo. Ela não sai de dentro de mim, não importa o quanto rasgue o peito ou roa as unhas.
Poesia é mais do que versos rabiscados no papel. Poesia é mais do que rimar palavras. Poesia é mais do que metrificar as frases.
Poesia é viver sem medo. Poesia é enfrentar a verdade de cabeça erguida. Poesia é saber viver com leveza, saber aproveitar a vida, saber abarcar o mundo todo num abraço.
Poesia é mais do que prosa.
Sou poesia, somos todos poesia.
Poesia pura, poesia de vida, poesia verdadeira.
Somos todos poesia. Umas mais leves, outras mais carregadas das dores da vida.
Mas somos todos poesia.

Sim. Somos poesia.

segunda-feira, 15 de junho de 2009

Se foi com o vento. Ufa!


Eu fiquei esperando aquela melancolia e aquele sofrimento. Eu fiquei esperando a dor, o arrebatamento. Mas nada disso veio. Parei um instante, surpresa. Temerosa. Respirei fundo e pensei nele. Nada. Simplesmente NADA. Como é possível? Quando aconteceu? Não vi. Pensei de novo, só pra garantir. Nada outra vez. Não, não é possível, refleti. Apelei. Usei aquela imagem mais forte de desprezo, aquela que eu sempre me negava a pensar. Abri um olho, depois o outro, esperando. Nada. Nadinha. Sorri. Sorri muito alto. Gargalhei. Senti que me elevava um pouco do chão. Olhei pra baixo, assustada. Não, meu corpo não estava voando. Eram as asas de dentro.

Choveu poesia


Hoje à noite choveu. E a cidade estava tão bonita com suas luzes coloridas e a água que caía! Achei que tudo era belo e sorri. Eu vi poesia. Eu vi poesia...

domingo, 14 de junho de 2009

A tênue linha entre pensar e escrever

Às vezes, eu fico no limiar da inspiração. E aquele texto tão bonito que era pra vir, chega pertinho, quase brota. Mas não vem.

Converso comigo mesma. E isso me faz bem.

Eu me adapto bem à solidão. Não tenho medo de ficar sozinha porque sei olhar no espelho e dizer a mim mesma que sou a pessoa que mais amo nessa vida. Não temo a falta de pessoas. Tenho mais medo é de me sentir só em meio a uma multidão. Comigo, sei que estou em boa companhia. Eu sei me amar.

Sorrisos

Eu amo a capacidade que você tem de me fazer sorrir.

Tenho altos e baixos, mas nada abala o poder que ela tem de me arrancar sorrisos. É amizade, acima de tudo.
Te amo, mãe.

quinta-feira, 11 de junho de 2009

Sobre risadas puras no mercado

Às vezes, os grandes acontecimentos não são nada como esperávamos e são as pequenas coisas que fazem nosso dia valer a pena.

domingo, 7 de junho de 2009

Madame Paloma - tarot e numerologia. Traz o amor em 3 dias.

Parece que todas as pessoas em volta de mim estão apaixonadas.
Ou saindo de um relacionamento.
Ou saíram há pouco.

E eu sou perita em conselhos amorosos.

quarta-feira, 3 de junho de 2009

Mantendo-me zen


A gente tem a mania de se deixar afetar pelo que os outros falam. Eu, pelo menos, me afeto. Mas estou com um novo pensamento (minha psicóloga chama de re-significar. Eu chamo de mantra mesmo): 'você não vai estragar o meu dia porque eu não te dei essa permissão'.
Não funciona todas as vezes, mas ajuda.
Eu tento entender (chamaria mais de 'me convencer a mim mesma') que eu não controlo as atitudes dos outros, mas que eu controlo as minhas. E que, se eu não permitir que a pessoa me afete, ela não vai me afetar. Eu busco (bem no fundo do meu âmago. Bem no fundo.) a força de vontade necessária para driblar esse estresse, para não perder o controle por pouca coisa (e, consequentemente, não socar a cara de nenhum indivíduo sem noção).
E isso ajuda!
Eu aprendi que não posso controlar o quê e como as pessoas vão falar, mas que eu posso controlar o quê e como eu vou falar. Aprendi que não posso mudar as pessoas e que perder a paciência (e bater em qualquer idiota que cruzar meu caminho) não vai me levar a lugar nenhum nem vai mudar situação alguma. Aprendi que eu posso barrar o que ouço exatamente no ouvido e que nada tem o poder de me afetar, de chegar ao meu coração, se eu não permitir.
Não estou dizendo que é fácil, é um exercício diário.
(E sempre tem aqueles dias de guarda baixa, aqueles momentos de tristeza, a TPM, etc.)
Mas eu tenho o poder necessário para não me deixar afetar pelo que os outros falam.
Eu tenho o controle sobre a minha vida e não posso deixar que os outros tentem me colocar para baixo. Eu não permito que façam isso comigo.
Afinal, da minha vida, cuido eu. =)

terça-feira, 2 de junho de 2009

Permita-se!

Permita-se e seja mais feliz.
A gente perde muito tempo com bobeiras e frescuras.
Permita-se. A vida é curta demais pra tanto charminho.
Permita-se e vá atrás do que você quer.
De uma hora pra outra, tudo pode acabar e o que você vai ter levado de bom dessa vida?

Hahahahahahahahahahahahaha!

E eu achando que era imatura...

segunda-feira, 1 de junho de 2009

Dá o que se pensar...

Acho essa frase da Clarice Lispector (amo) emblemática:

"Até cortar os próprios defeitos pode ser perigoso. Nunca se sabe qual é o defeito que sustenta nosso edifício inteiro."

Frase do dia

"Acho que sou bastante forte para sair de todas as situações em que entrei, embora tenha sido suficientemente fraca para entrar."
(Caio F.)



[O sucesso dos blogs amigos.]